Trabalho na área de Tecnologia da Informação (TI) há 44 anos e convivo com excelentes profissionais, mulheres e homens. Nos anos 70, a computação era uma área muito procurada e já havia grande contribuição feminina. Se essa participação aumentar, ainda melhor. Mas quando vejo campanhas como “mais mulheres em TI” ou “mais homens em enfermagem”, algo me incomoda. Lutar por homogenia não é o mesmo que lutar por direitos iguais.
Essa impressão foi reforçada ao ver na Internet um vídeo norueguês. É dado indisputável que a Noruega é um dos países mais avançados no que tange a oportunidade iguais. Mesmo assim o vídeo traz o que parece um paradoxo: após décadas de avanços, o cenário é muito diverso: 90% dos engenheiros civis são homens, 95% dos enfermeiros são mulheres e, estranhamente, essa polarização teria crescido nos últimos anos. Um contrassenso? Algo vai mal e precisa ser corrigido?
Há especialistas que defendem o fator cultural como único determinante pelo desequilíbrio nas opções de carreira entre os sexos. E há outros, que explicam isso majoritariamente pela diferença de vocação inata que os sexos apresentariam.
Sim, haveria tendências diferentes para uma ou outra ocupação. Claro que isso não é uma tábua rasa: há brilhantes engenheiras (e em minha família!) e enfermeiros dedicadíssimos, mas buscar uma distribuição igual nas ocupações entre sexos é, a meu ver, errado e perigoso.
O vídeo termina com uma conclusão interessante: num país igualitário como a Noruega, as vocações florescem livremente e cada indivíduo opta pelo que quer, pelo que lhe agrada.
Já num país menos igualitário, a discriminação pode desembocar numa pressão sobre os indivíduos, fazendo-os crer que “colaborariam mais com a causa” se escolhessem profissões associadas ao outro sexo.
Sobrevivemos e evoluímos darwinianamente para nos tornarmos o que somos. Fatores culturais são importantes e é vital sua revisão cuidadosa, mas isso não passa por ignorar a biologia.
Não creio sermos uma espécie estranha em que as opções independam de cromossomos e dos hormônios que agem sobre nós. Não vai aí nenhum juízo de valor, mas afirmação da diferença. A igualdade pressupõe tratamento equânime e que independe de nossas opções, não uma distribuição homogênea e igualitária delas.
Mulheres são mais da metade dos universitários. Seu nível médio de educação ultrapassou a dos homens há tempos. A luta deve ser pela abolição de quaisquer barreiras ou discriminação, mas a negação da biologia não faz parte desse cardápio.
Onde termina a biologia começa a cultura, que inclui história, ideologia, crença e dogma. Pode-se transformar radicalmente a cultura em poucas décadas. Não é caso da herança genética. Preocupa-me a crescente caudal dos que propõem ignorar a natureza e considerar apenas aspectos culturais.
Chesterton afirma ser fácil seguir a corrente: até um cachorro morto a segue. Ir contra ela, entretanto, requer vida. Só um ser vivo e com possibilidade de escolha consegue ir contra a corrente. A espécie humana está, felizmente, ainda viva.
Essa impressão foi reforçada ao ver na Internet um vídeo norueguês. É dado indisputável que a Noruega é um dos países mais avançados no que tange a oportunidade iguais. Mesmo assim o vídeo traz o que parece um paradoxo: após décadas de avanços, o cenário é muito diverso: 90% dos engenheiros civis são homens, 95% dos enfermeiros são mulheres e, estranhamente, essa polarização teria crescido nos últimos anos. Um contrassenso? Algo vai mal e precisa ser corrigido?
Há especialistas que defendem o fator cultural como único determinante pelo desequilíbrio nas opções de carreira entre os sexos. E há outros, que explicam isso majoritariamente pela diferença de vocação inata que os sexos apresentariam.
Sim, haveria tendências diferentes para uma ou outra ocupação. Claro que isso não é uma tábua rasa: há brilhantes engenheiras (e em minha família!) e enfermeiros dedicadíssimos, mas buscar uma distribuição igual nas ocupações entre sexos é, a meu ver, errado e perigoso.
O vídeo termina com uma conclusão interessante: num país igualitário como a Noruega, as vocações florescem livremente e cada indivíduo opta pelo que quer, pelo que lhe agrada.
Já num país menos igualitário, a discriminação pode desembocar numa pressão sobre os indivíduos, fazendo-os crer que “colaborariam mais com a causa” se escolhessem profissões associadas ao outro sexo.
Sobrevivemos e evoluímos darwinianamente para nos tornarmos o que somos. Fatores culturais são importantes e é vital sua revisão cuidadosa, mas isso não passa por ignorar a biologia.
Não creio sermos uma espécie estranha em que as opções independam de cromossomos e dos hormônios que agem sobre nós. Não vai aí nenhum juízo de valor, mas afirmação da diferença. A igualdade pressupõe tratamento equânime e que independe de nossas opções, não uma distribuição homogênea e igualitária delas.
Mulheres são mais da metade dos universitários. Seu nível médio de educação ultrapassou a dos homens há tempos. A luta deve ser pela abolição de quaisquer barreiras ou discriminação, mas a negação da biologia não faz parte desse cardápio.
Onde termina a biologia começa a cultura, que inclui história, ideologia, crença e dogma. Pode-se transformar radicalmente a cultura em poucas décadas. Não é caso da herança genética. Preocupa-me a crescente caudal dos que propõem ignorar a natureza e considerar apenas aspectos culturais.
Chesterton afirma ser fácil seguir a corrente: até um cachorro morto a segue. Ir contra ela, entretanto, requer vida. Só um ser vivo e com possibilidade de escolha consegue ir contra a corrente. A espécie humana está, felizmente, ainda viva.
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